terça-feira, 28 de junho de 2011

Morrer é um clichê ...


Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu! Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça!

6 comentários:

  1. O titulo me chamou a atenção, Penso que praticamente tudo se tornou clichê. Te seguindo também linda, gostei dos teus textos

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  2. Adorei! No começo não estava entendo muito bem, mas quando cheguei ao fim entendi tudo. Realmente morrer é muito clichê. Assim como amar, odiar, escrever... mas cada caso tem seu diferencial - não é?

    Adorei e já estou te seguindo e visitando sempre! Um beijo

    http://biacentrismo.blogspot.com/ @immabeea

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  3. O twitter é @biacentrismo ! Escrevi errado! xD Beijo

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  4. Camila, adorei o teu texto *-*, continue a escrever, continue a escrever, vou continuar a te indicar, vou continuar a te indicar *o*, rs.

    https://webcalcinha.blogspot.com
    @webcalcinhablog

    Beijos e bom fim de semana.

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